terça-feira, 15 de março de 2011

Maria do Rosário (Direitos Humanos) participa da cerimônia de homenagem a ex-presas políticas

Brasília. Duas ex-companheiras de prisão da presidente Dilma Rousseff serão homenageadas hoje pelo Ministério da Justiça em evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

Seis mulheres que foram perseguidas durante a ditadura militar (1964-1985) foram escolhidas pela pasta - entre elas, Rita Sipahi, conselheira da Comissão de Anistia, e Rose Nogueira, presidente do grupo Tortura Nunca Mais em São Paulo, que acompanhou a posse da presidente em Brasília. Todas elas se conheceram no presídio Tiradentes, em São Paulo.

Rita foi dirigente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e Rose é ex-militante da Ação Libertadora Nacional (ALN).

Durante a ditadura militar, Dilma foi uma das dirigentes da Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares) e ficou presa de fevereiro de 1970 até o final de 1972.

Maria Thereza Goulart, viúva do ex-presidente João Goulart (1961-1964), deposto pelos militares, também está entre as homenageadas pelo ministério. Participam do evento os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Iriny Lopes (Política para as Mulheres). A Comissão de Anistia vai analisar ainda o pedido de anistia de quatro mulheres que lutaram durante a ditadura.

Violência
A presidente Dilma afirmou ontem estar preocupada com os índices de violência contra a mulher no Brasil. 
Em seu programa semanal de rádio "Café com a Presidenta", classificou o ato como inaceitável e pediu à população que façam denúncias. Ela também reafirmou o compromisso com a Lei Maria da Penha, que defende mulheres que sofrem agressão doméstica.

A presidente anunciou que deve assistir a mulher durante o período pré-natal até o que ela chamou "desenvolvimento do bebê", sem especificar até qual idade ele será atendido. Ela falou na criação de seis mil creches e pré-escolas no País, que, segundo ela, "são muito importantes na administração do tempo das mulheres", e mais importantes ainda para a educação, "para atacar a raiz das desigualdades sociais´ e garantir que as crianças atinjam a idade escolar em boas condições. A meta é que estejam prontas até 2012.

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