sábado, 6 de agosto de 2011

Conferência de Mulheres cobra políticas públicas para Manaus

Implantação da Secretaria Municipal de Mulheres, construção de creches, da casa de saúde da mulher e da casa-abrigo para mulheres vítimas de violência foram os principais encaminhamentos da 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, que encerrou ontem em Manaus.

Representantes de instituições governamentais, não governamentais e movimentos sociais participaram do evento, cujo documento final será uma carta enviada para o prefeito da capital, Amazonino Mendes.


Durante a campanha de 2008, ele prometeu a construção de 1 mil creches, mas até hoje nenhuma saiu do papel. Amazonino também criou a secretaria de mulheres, que também ainda não foi efetivada. “Até agora não passaram de promessas”, disse a presidente estadual da União Brasileira de Mulheres, Vanja Andréa Santos.
 
 

Para a vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Luzanira Varela, a conferência é o momento de reforçar as bandeiras de lutas já aprovadas anteriormente e que ainda não se tornaram realidade. “Não se trata de novas propostas, mas de eleger as prioridades para as mulheres de Manaus que ainda sofrem por falta de creches ou de uma política efetiva voltada para elas”, afirmou.


Vanja lembrou que a criação da casa-abrigo já teve verba do governo federal destinada, mas a prefeitura não levou a construção adiante. “A falta desses instrumentos municipais impede que a lei Maria da Penha seja executada de forma eficaz. Como uma mulher vítima de violência pode denunciar se precisa voltar para a casa aonde convive com o seu agressor?”, questiona.


Além de aprovar as ações que o poder público deve executar, a conferência elegeu as delegadas para a etapa estadual, que acontece no mês de outubro. A UBM terá 52 representantes para a próxima fase.

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